domingo, 20 de abril de 2014

Continuação do estudo de I Coríntios 14.14-17 (v.14)

          É fora de qualquer questão neste escrito de Paulo aos coríntios, que alguém que fala em “outra língua”, entende esta língua que fala. Eu não falo outras línguas além da portuguesa porque não as conheço. Se conhecesse a língua francesa saberia falar nesta “outra língua”; e se nela orasse, “de fato” (= verdadeiramente) estaria orando, porque entenderia o que estivesse dizendo. Para surpresa dos meus leitores, quando criança sabia orar em “outra língua”. Eu dia: “Quirie eleison, criste leiso;criste audinos, criste zaudinos; agnos dominus pecata mundi dei, misereri nobinus”. O padre que nos ensinava a rezar em latim sabia o seu significado, mas para mim não significava nada. De fato não orava coisa alguma, pois não sabia o significado do que dizia. Será que estava orando em espírito, mas minha mente ficava infrutífera? Se isto é o que Paulo está ensinando, nos conduz a um ABSURDO, concluir que:  “qualquer que orar em outra língua (que ele mesmo não conhece), seja lá o que diga (pois não entende o que diz), ora de fato”.  Nada disto Paulo ensina. Não é seu ensino que cada um entenda tudo o que ouve; e que cada um que fala procure ser entendido por todos?
          SEU ENSINO,  seguindo tudo o que diz antes e depois do que escreve neste v.14, é mostrar que aquele irmão que só fala “outra língua” (= não conhecida por seus ouvintes), sabendo o que diz, “ora de fato”, Mas “sua mente” (= o que está dizendo) fica infrutífera. Fica infrutífera para quem? Para quem ouve. Exemplificando: O padre orava e nos punha a repetir o “ Quirie eleison...”, entendendo (=?) ele o que dizia, rezava “de fato”; mas sua mente (Isto é, aquilo que ele entendia destas palavras) ficava infrutífera para mim, que nada entendia.
          Portanto, a principal dificuldade para entender estes escritos de Paulo se centralizou na forma ABREVIADA que emprega ao escrever. É justo que tenha feito isto para não avolumar seu escrito. Quanto a mim,leitor, cabe não ser precipitado em seguir a primeira interpretação que a minha mente formule destas frases, incorrendo em acreditar que ensinou ABSURDO. Ora, neste v.14, repetindo o que agora entendo, Paulo está dizendo o seguinte: “Porque , se eu orar em língua (outra língua desconhecida para quem me ouve, mas não para mim), o meu espírito (com o qual penso e sei o que estou dizendo) ora de fato (= oro verdadeiramente, pois sei o que estou dizendo); mas a minha mente (= o entendimento do que estou falando) fica infrutífera (para quem me escuta)”. Com este entendimento passemos ao verso seguinte:


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