Agora passemos a estudar sobre
línguas no que está exposto na Primeira Carta de Paulo aos Coríntios.
Temos estudado no livro de
Atos dos Apóstolos sobre a maravilha de os discípulos de jesus Cristo falarem
em línguas no dia de Pentecostes (At 2.1-15). Vimos que o milagre de falarem em
línguas consistia em o Espírito Santo operar de tal modo que “um discípulo que
falava era ouvido (simultaneamente e sem intérpretes) em todas as línguas;
sendo que cada ouvinte ouvia apenas na sua língua de origem”. Sabemos que isso
só foi possível porque Deus operou um milagre. Humanamente, isso não seria
possível. Se isso se repetisse hoje, então, um discípulo de Jesus ao falar,
seria ouvido falando apenas na língua japonesa, para um japonês que ali se
fizesse presente; se ali tivesse um alemão, este ouviria aquele mesmo discípulo
falando em alemão, e um francês ouviria na sua língua francesa, etc... Outra
coisa importante: O discípulo em questão se ouviria falando na sua língua
materna e entenderia perfeitamente o que estava a dizer (por exemplo, um
discípulo brasileiro que fala português) Trata-se de um fenômeno que até para
entendermos como aconteceu é um tanto difícil; por ser fora da possibilidade
humana de ser imitado. Sempre, no livro de Atos, que o Espírito concedeu aos
discípulos falarem em “outras línguas”, foram ouvidos falando na língua materna
de seus ouvintes, enquanto eles próprios se ouviram falando na sua língua
materna (É o que concluímos no estudo: “Línguas, em Jerusalém”). Portanto, por
assim ser, não houve intérpretes.
Quando pessoas que falam
línguas diferentes se encontram e não conhecem a língua um do outro, não
conseguem se comunicar, visto que uma não entende o que a outra fala. As coisas
são assim desde a torre de Babel, quando Deus confundiu a linguagem dos homens,
operando que grupos de pessoas falassem línguas diferentes, e assim, uns não
entendiam os outros. Como não tiveram tempo de aprender as línguas dos outros,
não havendo intérprete(=alguém que conhece duas línguas, para servir de
tradutor entre os que falam apenas suas línguas de origem), pararam o seu
projeto de construírem a torre e se dispersaram.
Verdade que hoje, graças aos recursos
disponíveis, a humanidade tem ganho enorme facilidade em aprender as línguas
uns dos outros. Não faltam intérpretes. Nas conferências internacionais QUEM
FALA pode ser ouvido, por meio de tradução quase simultânea (=usando os
sistemas eletrônicos de comunicação: microfones, amplificadores, fones de
ouvidos, etc...), na língua de seus ouvintes. Portanto hoje, com intérpretes e
os recursos tecnológicos que Deus nos tem concedido, a humanidade pode superar
facilmente esta dificuldade de comunicação.
Mas a grande maravilha de
Pentecostes ainda sobressai como um fato inigualável na história da humanidade:
Se hoje o Espírito concedesse a um discípulo de Jesus falar em outras línguas
como aconteceu naquele dia em Jerusalém, e ele fosse um orador numa conferência
internacional, de nenhum intérprete necessitaria, pois seria ouvido a falar
diretamente na língua de origem de cada ouvinte. Mas não se tem visto nada
igual acontecer. E por que? Porque os discípulos de hoje não tem fé? É certo
que não é por isso, pois quando os discípulos em Jerusalém falavam perante a
multidão (=aquela foi uma reunião internacional), nem eles pensavam nada a esse
respeito; não tinham, portanto, o mínimo de fé (entenda-se aqui por fé, como
sendo alguém confiar nas promessas que Deus fez). Em Pentecostes Deus, ao
operar que os discípulos falassem(simultaneamente e sem tradutores) nas línguas
de todas nações representadas, não fia “fé” em nem um daqueles discípulos.
Simplesmente, em Sua soberania, o Espírito Santo operou este milagre.
Visto que hoje o Espírito não
está realizando o mesmo que operou naqueles dias, não vou dizer que Deus tenha
perdido o seu poder; mas que NÃO
QUER repetir o que fez. Portanto, não vou discutir o “por que Deus não está
hoje concedendo aos discípulos de Jesus falarem em outras línguas como em
Pentecostes”. O primeiro fato que um discípulo de Jesus deve saber é que Deus é
sábio, sabe o que faz. Segundo, um discípulo de Jesus tem por seu maior
atributo ser verdadeiro, ou seja, andar na verdade; e não ser enganado seguindo
mentiras. E a verdade é que Deus hoje não está operando o que realizou no dia
de Pentecostes.
(Continua na próxima postagem)
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