domingo, 20 de janeiro de 2013

Estavam, pois atônitos...


Atos 2.7: “Estavam, pois, atônitos e se admiravam, dizendo: Vede! Não são, porventura, galileus todos esses que aí estão falando?”

           Ficamos atônitos diante de uma admiração muito intensa que nos deixa sem ação, paralisados  Com toda certeza, se nós estivéssemos lá e ouvíssemos aquela gente falando o nosso português, enquanto um argentino ao nosso lado os ouvia em espanhol, teria esta mesma admiração. Principalmente porque todos sabiam quem eram aqueles que falavam ...”GALILEUS”.

  Atos 2.8: “E como os ouvimos falar, cada um em nossa própria língua materna?

          O grupo dos falantes era  formado por galileus. No entanto, os ouvintes indagam  “como os ouvimos falar, cada um na nossa própria língua materna?” Se ali, na multidão estivesse um brasileiro, escutaria tudo em português. Se houvesse um francês, os ouvia em francês. Um alemão, naquele mesmo instante, ouvindo os mesmos falantes, escutaria tudo em alemão. Creio que não restam dúvidas, pois se ali estivesse um japonês, que nada conhecesse da língua daqueles galileus, não ficaria “por fora”, certamente ENTENDERIA tudo no seu japonês.
          É certo que lá não tinham brasileiros, nem japoneses, mas vejamos quantas nacionalidades se faziam presente:

  Atos 2.9: “Somos partos, medos, elamitas e os naturais da Mesopotâmia, Judeia, Capadócia, Ponto e Ásia...”

           A lista prossegue,  mas quero fazer um comentário.Entendo que tanto os judeus quanto os galileus tinham por idioma a língua hebraica. Então, por que aparece aqui o natural da Judeia, como ouvintes  daqueles galileus? A resposta é simples: “Ainda que falassem a mesma língua, possuíam modos típicos de falar. (Veja Mt 26.71,73).  È semelhante ao que acontece aqui no Brasil, quando se encontram um cearense e um gaúcho.  Ambos falam o português, mas ao seu próprio modo. Em breves palavras, se aquela assembléia  não fosse de galileus, mas de cearenses, eu os ouviria em meu português sulista.
Eis a maravilha operada por Deus: Quem falava era ouvido, ao mesmo tempo, sem tradutores, na língua de cada nação representada. Caso você lá estivesse e ouvisse Pedro falando, ou que tivesse sido André ou  Bartolomeu, você os escutaria em tua própria língua; sem se preocupar se você é natural do Ceará ou Paraná? O que HOJE não deve acontecer é deixarmos de ouvir este TESTEMUNHO claro que o Espírito Santo está dos dando por meio das Escrituras. Os autores das Escrituras, neste caso Lucas, escreveram movidos pelo Espírito Santo. E ESTE testemunho é fiel e nos mostra  o que aconteceu em Pentecostes.
          Contamos até aqui OITO diferentes “línguas” das nações daquela época; mas há mais...

  Atos 2.10: “da Frígia e Panfília, do Egito e das regiões da Líbia nas imediações de Cirene, e romanos que aqui residem,”

          A lista termina no v.11, mas temos uns comentários. Lucas, que é o autor deste livro de Atos e do evangelho que leva o seu nome, se mostra um acurado investigador, como se diz ser (Lc 1.3).  Cada nome aqui anotado, com certeza o tomou daqueles “...judeus homens piedosos” que presenciaram estas maravilhas; ou de quem fielmente o transmitiu (id. Lc 1.3). Devido a um ou alguns judeus vindos da Líbia é que escreveu”...e das regiões da Líbia nas imediações de Cirene”. E este versículo termina com esta citação “...e romanos que aqui residem”.

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