Atos 2.7: “Estavam, pois, atônitos e se admiravam, dizendo:
Vede! Não são, porventura, galileus todos esses que aí estão falando?”
Ficamos atônitos diante de uma admiração muito intensa que nos deixa sem
ação, paralisados Com toda certeza, se nós estivéssemos lá e ouvíssemos aquela
gente falando o nosso português, enquanto um argentino ao nosso lado os ouvia
em espanhol, teria esta mesma admiração. Principalmente porque todos sabiam
quem eram aqueles que falavam ...”GALILEUS”.
Atos 2.8: “E
como
os ouvimos falar, cada um em nossa própria língua materna?
O grupo dos falantes era formado
por galileus. No entanto, os ouvintes indagam
“como os ouvimos falar, cada um
na nossa própria língua materna?” Se ali, na multidão estivesse um
brasileiro, escutaria tudo em português. Se houvesse um francês, os ouvia em
francês. Um alemão, naquele mesmo instante, ouvindo os mesmos falantes,
escutaria tudo em alemão. Creio que não restam dúvidas, pois se ali estivesse um
japonês, que nada conhecesse da língua daqueles galileus, não ficaria “por
fora”, certamente ENTENDERIA tudo no seu japonês.
É certo que lá não tinham brasileiros, nem japoneses, mas vejamos
quantas nacionalidades se faziam presente:
Atos 2.9: “Somos partos, medos, elamitas e os naturais da
Mesopotâmia, Judeia, Capadócia, Ponto e Ásia...”
A lista prossegue, mas quero
fazer um comentário.Entendo que tanto os judeus quanto os galileus tinham por
idioma a língua hebraica. Então, por que aparece aqui o natural da Judeia, como
ouvintes daqueles galileus? A resposta é
simples: “Ainda que falassem a mesma língua, possuíam modos típicos de falar.
(Veja Mt 26.71,73). È semelhante ao que
acontece aqui no Brasil, quando se encontram um cearense e um gaúcho. Ambos falam o português, mas ao seu próprio
modo. Em breves palavras, se aquela assembléia
não fosse de galileus, mas de cearenses, eu os ouviria em meu português
sulista.
Eis a maravilha operada por Deus: Quem falava
era ouvido, ao mesmo tempo, sem tradutores, na língua de cada nação
representada. Caso você lá estivesse e ouvisse Pedro falando, ou que tivesse
sido André ou Bartolomeu, você os
escutaria em tua própria língua; sem se preocupar se você é natural do Ceará ou
Paraná? O que HOJE não deve acontecer é deixarmos de ouvir este TESTEMUNHO
claro que o Espírito Santo está dos dando por meio das Escrituras. Os autores
das Escrituras, neste caso Lucas, escreveram movidos pelo Espírito Santo. E ESTE
testemunho é fiel e nos mostra o que
aconteceu em Pentecostes.
Contamos até aqui OITO diferentes “línguas” das nações daquela época;
mas há mais...
Atos 2.10: “da Frígia e Panfília, do Egito e das regiões da
Líbia nas imediações de Cirene, e romanos que aqui residem,”
A lista termina no v.11, mas temos uns comentários. Lucas, que é o autor
deste livro de Atos e do evangelho que leva o seu nome, se mostra um acurado
investigador, como se diz ser (Lc 1.3).
Cada nome aqui anotado, com certeza o tomou daqueles “...judeus homens piedosos” que presenciaram
estas maravilhas; ou de quem fielmente o transmitiu (id. Lc 1.3). Devido a
um ou alguns judeus vindos da Líbia é que escreveu”...e das regiões da Líbia nas imediações de Cirene”. E este versículo
termina com esta citação “...e romanos
que aqui residem”.
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