UM MILAGRE
Todos os dias somos alvos de milagres. Uns a gente toma conhecimento e até percebe quando acontecem, outros não. Uns chegam e vão embora. Outros vêem e permanecem.E foi assim, que tudo começou.
Com pouco mais de três anos, eu passei a ter crises de asma. E segundo minha mãe, eram crises violentas. E não havia recursos naquela época à nossa disposição. Morávamos em um sítio, no interior de um município pobre e distante de Pernambuco e a dezenas de quilômetros da cidade grande, no caso, Caruaru e a centenas da capital, Recife.
Éramos pobres e completamente sem condições de procurar recursos e tratamento além da distância onde vivíamos.
Surgiu a oportunidade de mudarmos para outro Estado- Bahia -para tentar melhorar de vida. E foi assim que fomos, meus pais Noemia e Luiz , minha irmã Divanir , eu, ao interior da Bahia, para um lugar chamado Igaporã.
A esperança era que mudando de ares eu melhorasse da asma, fato que não aconteceu. Ao contrário, só piorou. As crises se intensificaram e, desesperados, meus pais voltaram do Sertão da Bahia depois de pouco mais de um ano.
Assim, fui levando a vida, com as limitações impostas pelas superstições que envolviam a doença. Eu não podia comer muitas coisas que, segundo diziam pioravam as crises. E o pior era que, mesmo sem comer aquelas coisas, que na maioria eram gostosas, as crises não deixavam de ocorrer.
Meu pai havia chegado de São Paulo, onde, tinha passado algum tempo trabalhando e me trouxe um exemplar da Bíblia que havia ganhado de um amigo. Eu nunca tinha ganhado nenhum livro. Era o meu primeiro livro e minha primeira Bíblia. Passei a ler com muita alegria. Fui tomando contato com as verdades nela contidas e com a ajuda de um vizinho, o casal irmão Livino e a irmã Maria, que embora analfabeto, me mostraram de forma entendível, o Evangelho de Jesus Cristo.
Um belo dia, depois de relutar muito, eu decidi entregar minha vida a Jesus. Eu tinha então 16 anos e foi então que além desse milagre – a conversão – eu recebi outro milagre, a cura da asma.
Muitos outros milagres aconteceram e acontecem comigo freqüentemente. O Último é o meu filho que está chegando. E seu nome será Rafael, que quer dizer: “Rafa” – cura e “El” – Deus. O “Deus que cura” – Rafael.
Esse nome foi escolhido em homenagem a essa cura que Deus fez na minha vida, curando-me da asma, quando me converti.
Djalma Alves de Moura 02 de Janeiro de 2010
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